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Sintomas de câncer de mama em mulheres e homens

Apesar das campanhas de prevenção, como o Outubro Rosa, ainda é alto o número de pacientes diagnosticados com a doença em estágios avançados. A desinformação é ainda maior entre os homens.

Da Rede M1 - por G1 e Veja Saúde
20/10/2022 01h22 Atualizado em 20/10/2022 01h22

O câncer de mama ainda é uma doença que atinge cerca de 66.280 mulheres, por ano, no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Isso implica uma taxa de 61,6 casos confirmados, a cada 100 mil delas. A taxa de óbitos também assusta: só em 2020, foram 17.825 registros, em todo o país. Esses dados confirmam que a doença é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres, com exceção dos tumores de pele não-melanomas.


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O diagnóstico do câncer, após a suspeita ou mesmo sem ela, é feito por exames: a mamografia ou a ultrassonografia. A Sociedade Brasileira de Mastologia e o Colégio Brasileiro de Radiologia orientam a realização da mamografia de rastreamento para todas as mulheres, anualmente, a partir dos 40 anos de idade. Pacientes de alto risco, ou seja, com história familiar ou com mutação genética que elevam a propensão à doença, podem iniciar o rastreamento mais cedo, com 35 anos.

Quando as mamas da paciente são densas, isto é, com mais glândulas do que gordura (o que limita a análise via mamografia), podemos realizar um ultrassom complementar. O importante mesmo é buscar o diagnóstico precoce.

Os sintomas, prevenção e tratamento

Os principais sintomas do câncer de mama são:

  • Surgimento de nódulo (caroço) fixo, endurecido e geralmente sem dor;
  • Alterações no bico do peito (mamilo);
  • Secreção espontânea em um dos mamilos;
  • Pequenos nódulos no pescoço ou nas axilas;
  • Pele da mama vermelha ou com aparência de casca de laranja.
  • Coceira na mama ou no mamilo;

Sintomas — Foto: Reprodução/Tua Saúde

Se a paciente é diagnosticada com a doença, a condução do tratamento obedece ao estágio do câncer. Além das condutas terapêuticas (quimioterapia e radioterapia), uma novidade no Brasil foi que, este ano, o Ministério da Saúde incorporou ao Sistema Único de Saúde (SUS) o medicamento trastuzumabe entansina, ou TDMI-1, indicado para o tratamento de pacientes com câncer de mama HER2-positivo em esquema de monoterapia, método em que a terapia é realizada utilizando apenas uma droga ou procedimento.

O câncer de mama HER2-positivo é um dos mais agressivos, sendo identificado em 20% dos casos diagnosticados no Brasil (média de 13.400 casos por ano), dos quais 80% são tratados no SUS - cerca de 10.700 pacientes. O TDMI-1 deve reduzir o processo de metástase, quando a doença se espalha para outros órgãos, aumentando a sobrevida das pacientes e reduzindo em 36% o risco de óbito. O Ministério da Saúde ainda não esclareceu quando o medicamento estará disponível na rede pública.

Câncer de mama em homens

Apesar de ser mais raro, o câncer de mama em homens é uma realidade. Para cada 100 mulheres diagnosticadas com a doença, há um caso masculino. As estatísticas mostram que a maior incidência de casos está na faixa etária de 65 a 70 anos. Inclusive, a idade é um dos fatores de risco, ao lado do histórico familiar (principalmente se houver casos de câncer de mama, ovário ou intestino) e de mutações genéticas hereditárias. Nas mulheres, o câncer hereditário corresponde a 10% do total de casos. Já nos homens, chega a 40%.

Nos homens, o principal sintoma também é o surgimento de nódulos de consistência endurecida e sem dor. Pode ocorrer também sangramento pelos mamilos. Em casos mais avançados, pode haver aumento dos gânglios linfáticos das axilas. Como a mama masculina é bem menor, é raro que o médico solicite mamografia. O exame indicado é a ultrassonografia, se o paciente se queixar de dores ou incômodos. Por isso, é essencial que o homem preste atenção ao próprio corpo. Estar bem informado também pode fazer do homem um agente conscientizador em relação às mulheres com quem convive: mãe, esposa, filhas, tias ou colegas de trabalho.

Sintomas — Foto: Reprodução/Tua Saúde



Principais tipos de câncer de mama

Existem vários tipos diferentes de câncer de mama, a depender do seu desenvolvimento, sendo que alguns são mais agressivos que outros. Os principais são:

  • Carcinoma ductal in situ (CDIS): é um tipo de câncer de mama em fase inicial que se desenvolve nos ductos e, dessa forma, tem elevadas chances de cura;
  • Carcinoma lobular in situ (CLIS): é o segundo tipo mais comum nas mulheres e também se encontra em fase inicial, mas localiza-se nas glândulas produtoras de leite. Este tipo é pouco agressivo e fácil de tratar;
  • Carcinoma ductal invasivo (CDI): é o tipo de câncer de mama mais comum e significa que está numa fase mais avançada em que o câncer se iniciou na glândula produtora de leite, mas se espalhou para fora, podendo criar metástases;
  • Carcinoma lobular invasivo (CLI): é mais raro e muitas vezes mais difícil de identificar. Este tipo de câncer também pode estar relacionado com o surgimento de câncer no ovário;
  • Carcinoma inflamatório da mama: é um câncer agressivo, mas muito raro.


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