O câncer de mama ainda é uma doença que atinge cerca de 66.280 mulheres, por ano, no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Isso implica uma taxa de 61,6 casos confirmados, a cada 100 mil delas. A taxa de óbitos também assusta: só em 2020, foram 17.825 registros, em todo o país. Esses dados confirmam que a doença é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres, com exceção dos tumores de pele não-melanomas.
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O diagnóstico do câncer, após a suspeita ou mesmo sem ela, é feito por exames: a mamografia ou a ultrassonografia. A Sociedade Brasileira de Mastologia e o Colégio Brasileiro de Radiologia orientam a realização da mamografia de rastreamento para todas as mulheres, anualmente, a partir dos 40 anos de idade. Pacientes de alto risco, ou seja, com história familiar ou com mutação genética que elevam a propensão à doença, podem iniciar o rastreamento mais cedo, com 35 anos.
Quando as mamas da paciente são densas, isto é, com mais glândulas do que gordura (o que limita a análise via mamografia), podemos realizar um ultrassom complementar. O importante mesmo é buscar o diagnóstico precoce.
Os sintomas, prevenção e tratamento
Os principais sintomas do câncer de mama são:
Se a paciente é diagnosticada com a doença, a condução do tratamento obedece ao estágio do câncer. Além das condutas terapêuticas (quimioterapia e radioterapia), uma novidade no Brasil foi que, este ano, o Ministério da Saúde incorporou ao Sistema Único de Saúde (SUS) o medicamento trastuzumabe entansina, ou TDMI-1, indicado para o tratamento de pacientes com câncer de mama HER2-positivo em esquema de monoterapia, método em que a terapia é realizada utilizando apenas uma droga ou procedimento.
O câncer de mama HER2-positivo é um dos mais agressivos, sendo identificado em 20% dos casos diagnosticados no Brasil (média de 13.400 casos por ano), dos quais 80% são tratados no SUS - cerca de 10.700 pacientes. O TDMI-1 deve reduzir o processo de metástase, quando a doença se espalha para outros órgãos, aumentando a sobrevida das pacientes e reduzindo em 36% o risco de óbito. O Ministério da Saúde ainda não esclareceu quando o medicamento estará disponível na rede pública.
Câncer de mama em homens
Apesar de ser mais raro, o câncer de mama em homens é uma realidade. Para cada 100 mulheres diagnosticadas com a doença, há um caso masculino. As estatísticas mostram que a maior incidência de casos está na faixa etária de 65 a 70 anos. Inclusive, a idade é um dos fatores de risco, ao lado do histórico familiar (principalmente se houver casos de câncer de mama, ovário ou intestino) e de mutações genéticas hereditárias. Nas mulheres, o câncer hereditário corresponde a 10% do total de casos. Já nos homens, chega a 40%.
Nos homens, o principal sintoma também é o surgimento de nódulos de consistência endurecida e sem dor. Pode ocorrer também sangramento pelos mamilos. Em casos mais avançados, pode haver aumento dos gânglios linfáticos das axilas. Como a mama masculina é bem menor, é raro que o médico solicite mamografia. O exame indicado é a ultrassonografia, se o paciente se queixar de dores ou incômodos. Por isso, é essencial que o homem preste atenção ao próprio corpo. Estar bem informado também pode fazer do homem um agente conscientizador em relação às mulheres com quem convive: mãe, esposa, filhas, tias ou colegas de trabalho.
Principais tipos de câncer de mama
Existem vários tipos diferentes de câncer de mama, a depender do seu desenvolvimento, sendo que alguns são mais agressivos que outros. Os principais são:
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