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Por Luís Salvador Poldi Guimarães

 Engenheiro civil, professor, palestrante, historiador da cidade de Mimoso do Sul

 

República Helvética


16/01/2021 18h00 Atualizado em 16/01/2021 18h00

Os Helvécios tinham planejado se direcionar para o Sul, ou seja, da Alemanha para a Itália - Foto: Internet

No século I antes de Cristo, a tribo dos helvécios deixou o que é hoje a Alemanha meridional (Alemanha da parte Sul) na tentativa de atingir a Itália estendo o seu movimento para o Ocidente. Onde confrontaram com os romanos, sendo definitivamente rechaçados e impelidos para recuar em direção ao Planalto suíço pelas tropas de Júlio César no ano de 58 antes de Cristo. O Planalto suíço (lado oeste da suíça – lado leste constitui os Alpes suíços – regiões altas).


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A  Alemanha se situa a norte da Suíça. Em 58 a.C., Os Helvécios tinham planejado se direcionar para o Sul, ou seja, da Alemanha para a Itália. Mas, impedidos pelos exército romano se contentaram em para na região da Suíça (Estes países ainda não existiam), mas foram parados na batalha de Bibracte pelo Exército Romano sob o comando do general Júlio César e foram obrigados a recuar. E se posicionaram no Planalto Suíço.

A partir de então, o território pretendido pelos helvécios encontrava-se sob o domínio romano, e a sociedade sofria a sua primeira importante transformação. É criada então uma rede de estradas, os povoados desenvolveram-se entre os quais a bela vila de Aventicum (atual cidade de Avenches da Suíça), que seria a nova capital dos Helvécios e a cidade de Augusta Raurica (Augst cidade do norte da Suíça que faz divisa com a alemanha) no outro lado do país. Até que em 1291 houve a assinatura da Carta de Aliança (Bundesbrief), pelos representantes dos cantões florestais de Uri (cidade dos Alpes Suíços), Schwyz (nos sopés da Montanha) e Unterwalden (a leste do lago Sempach), criou-se então a Confederação Helvética – Estes fatos podem ser um mito.

A sua história começa com os celtas que invadiram os territórios do Centro-Norte da Europa. Depois da queda do Império Romano, o território foi invadido por tribos germânicas como os Burgúndios, Alamanos e Lombardos. O período da Idade Média da Suíça foi um pouco confuso até à formação da antiga Suíça. No século VIII, os Burgúndios e os Alamanos entraram na coalizão dos Francos de Carlos Magno, que permitiu aos missionários católicos entrar nos territórios controlados pelos Alamanos. Com o Tratado de Verdun, o território suíço passou para as mãos de Lotário I, que incluía um assentamento burgúndio a oeste do rio Aar que depois formou um reino independente até 1.033, quando integrou de novo o Sacro Império Romano-Germânico.

O conceito de aliança de Estados que se associaram, mas que conservaram a respectiva soberania, já estava presente no encontro de mesma data - ocasião em que juraram entre si uma assistência mútua. Essa aliança respondia ao desejo de salvaguardar os direitos tradicionais (autonomia de jurisdição e de gestão) contra a política hegemônica dos Habsburgos. Reza a tradição que o juramento foi prestado em 10 de agosto de 1291, na planície de Grütii, às margens do lago dos Quatro-Cantões – Lago de Vierwaldstattensee.

A Confederação Suíça só foi criada no dia 1° de agosto de 1291, quando os cantões de Uri, Schwyz e Unterwalden se uniram contra a invasão dos Habsburgos que vieram da Alemanha. Esse pacto aumentou com a adesão das cidades de Zurique, Lucerna (cidade linda à margem do Lago dos Quatros Cantões) e Berna (hoje capital da Suíça). No início, o local era habitado principalmente por camponeses, servos (escravos) e nobres, permanecendo muito tempo sob a proteção do Sacro Império Romano-Germânico, até a subida dos Habsburgos.

A Confederação Suíça só foi criada no dia 1° de agosto de 1291 - Foto: Internet

No ano de 1511 Maximiliano I toma a dianteira de um movimento nacional, isto é, forma a Sacra Aliança (liga anti-francesa) entre o papado (Júlio II), Veneza, a Confederação Helvética, assim como a Espanha e a Inglaterra, a fim de libertar a Itália dos bárbaros, ou seja, dos franceses. E consegue reconquistar o Ducado de Milão. Onde os Confederados Helvéticos, pretendendo uma supremacia, investiram, novamente, sobre a dinastia dos Sforza.


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A dinastia de Sforza foi uma dinastia formada por uma família italiana de governantes no período do Renascimento, estabelecidos em Milão. Família temida por seus terríveis e brutais atos, regia a cidade de Milão desde 1395, antes de ser dominada pela Espanha, em 1540.

As lutas na Itália receberam novos impulsos quando Francisco I ascendeu, em 1° de janeiro de 1515, ao trono francês. Aliado a Veneza, suas tropas venceram a batalha de Marignano, nos dias 13 e 14 de setembro de 1515, e os mercenários suíços considerados, naquele tempo, invencíveis, e reconquistaram, definitivamente, o Ducado de Milão. Na Paz Eterna, acordada em 12 de novembro de 1516, a Confederação Helvética teve de renunciar a todas as suas ambições de ser uma grande potência na região da Itália Setentrional e foi obrigada a permanecer neutra diante da França.

As Guerras da Borgonha permitiram um novo alargamento da união com novos membros. Friburgo (Suíça, existem Friburgo no Brasil e na Alemanha) e Solothurn (Soleura) foram aceitos em uma aliança em 1481. Já em 1499 - A confederação Helvética estava gozando de boa condições políticas. Na Guerra dos Suabos (ou guerra suíça ou guerra da suábia) contra o imperador Maximiliano I, os Suíços novamente saíram vitoriosos e foram isentos da legislação imperial. As anteriormente associadas cidades de Basel (Basiléia) e Schaffhausen (divisa com a Alemanha) se juntaram a confederação Helvética como resultado direto do conflito. Appenzell (cidade do Oeste Suíço) entrou em 1513 como o décimo-terceiro membro da Confederação Helvética.

Na Guerra dos Trinta Anos (1618–1648), o cantão dos Grisões, que não era membro da Confederação Helvética, tornou-se um campo de batalha entre os exércitos franceses e austríaco-espanhol. Em 1648, com a assinatura do Tratado de Vestefália termina a Guerra dos 30 Anos; as potências europeias reconheceram formalmente a independência da Suíça. Então, somente no ano de 1648 com a assinatura deste Tratado nasce o País Suíça.

Os camponeses da Suíça central lançaram-se em uma série de guerras para impor a sua lei aos feudos do Planalto e estenderam a aliança a outras cidades, para formar a Confederação de início com oito cantões, depois treze cantões, em 1513. Esta associação frágil serviu, a priori, para a defesa comum da independência, reivindicada por cada um dos cantões e, depois, numa segunda fase, para conquistar novos territórios.

Em 1761, finalmente foi criada a Sociedade Helvética em Zurique - Foto: Internet

Em 1798, Napoleão Bonaparte invade a Suíça com tropas francesas revolucionárias e cria a República Helvética, que durou até 1803. Batalhas ocorrem em solo suíço envolvendo exércitos austríacos e russos, que terminam em 1815, com a derrota de Napoleão na batalha de Waterloo, onde a Suíça retornou ao regime federal. O estado federal foi criado em 1848. E lançado a sua Constituição (12/09/1848). A Suíça é um País que se localiza entre a França e a Áustria na direção leste - oeste.


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Em 1798 o exército francês ocupou a Suíça e fundou nesta cidade a República Helvética. Que duraria até 1803 quando Napoleão Bonaparte põe fim a esta luta (entre os cantões suíços) e edita uma Ata de Mediação. Portanto, a República Helvética só duraria 5 anos e depois viraria uma região formada por 22 cantões. Em 18 de Junho de 1815, Napoleão Bonaparte amarga uma derrota em Waterloo. Desta vez a derrota foi definitiva. E em 21 e 22 de Agosto de 1815 É assinado o Tratado de Viena. Onde as grandes potências formaram a Santa Aliança para combater as possíveis revoluções anti-absolutistas.

Desde 1815 a Suíça adota a neutralidade armada perpétua. E em 1848, ao termo de uma curta guerra civil entre sete cantões católicos conservadores que tinham concluído uma aliança em separado "Sonderbund" com o objetivo de preservar a soberania cantonal e os cantões protestantes (já providos de governos liberais), assistiam à fundação do Estado Federativo Suíço, marcado pela concretização de ideias republicanas progressistas em pleno coração da Europa de monarquias restauradas. A nova Constituição é aceita nesse mesmo ano, por votação popular. Em 1816 a Suíça abre um consulado em São Petersburgo (Rússia).

Em 1923 a Rússia rompe Relações Diplomáticas com a Suíça. A Rússia tem uma embaixada em Berna e um Consulado-Geral em Genebra. A Suíça tem uma embaixada em Moscou e desde 2006, um Consulado-Geral em São Petersburgo. A Suíça não participa das duas Grandes Guerras mundiais.

Durante a Segunda Guerra Mundial os judeus (Sem pátria) e os alemães descontentes a inflação muito alta na Alemanha depositaram seus dinheiros nos bancos Suíços. Na Suíça a conta bancária é identificada por um número e não pelo nome do cliente. O que garante um anonimato.

A Suíça na atualidade é composta por 26 Estados denominados de cantões - Foto: Internet

A Suíça na atualidade é composta por 26 Estados denominados de cantões. Com uma população de 8,57 milhões de habitantes (2019). O Brasil tem hoje 209,5 milhões de habitantes (2018). O Brasil tem quase 24,5 vezes mais gente do que a Suíça. Estamos falando de um dos países mais rico e com uma das melhores qualidade de vida do mundo. A capital da Suíça é a cidade de Berna. Cidade das fontes. É um país com 4 idiomas oficiais: romanche (falada pelo Império Romano – língua derivada do latim), alemão, francês e italiano.


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Por toda a região leste da Suíça estão os Alpes Suíços (estações de esqui – neve). Na Suíça etá também a sede internacional do Fórun Econômico Mundial e da Cruz Vermelha. Também é sede do COI – Comitê Olímpico Internacional, FIFA – Federação Internacional de Futebol e UEFA - União das Federações Europeias de Futebol. Helvética é a designação oficial em latim do nome do país. O termo Helvética vem da palavra latina Helvetier que por sua vez provém do nome da antiga tribo celta dos Helvécios. Nos tempos atuais, o termo Helvetia não é utilizado para caracterizar oficialmente a Suíça. Contudo, este nome pode ser encontrado em selos e moedas suíços. “C.H.” (Confœderatio Helvetica) são as iniciais encontradas nos autocolantes para os carros e no domínio da Internet (.ch) desde 1995. O nome Confederação Suíça tornou-se conhecido e oficial apenas no século XVIII.

Em várias batalhas contra os exércitos dos Habsburgos, os Suíços permaneceram vitoriosos e até conquistaram áreas rurais de Glarus (Garona) e Zug (Zugo), que se tornaram membros independentes da confederação da Suíça. Com o passar do século, os cantões expandiram seus territórios alcançando a divisa dos condados através da influência nas cidades vizinhas e outras regiões, sobretudo na compra dos direitos judiciais, porém algumas vezes pela força e também na articulação de alianças.

A Confederação Suíça é um Estado Federativo situado em um território de 41.285 km² localizado no centro da Europa, tendo como capital a cidade de Berna. São quatro os idiomas considerados oficiais: alemão, francês, italiano e romanche. É habitada por uma população de aproximadamente 7,2 milhões, distribuídos em um solo pobre em matérias-primas e uma superfície coberta por lagos, montanhas e florestas, o que dificulta a produção de alimentos para a própria subsistência, tornando o país dependente da importação, do seguimento financeiro e da exportação dos seus produtos de ponta. Em 2020 a Suíça entrou na ONU – Organizações das Nações Unidas. A Suíça não aderiu à União Européia (EU), bloco econômico europeu composto por 25 países, por vontade de seus cidadãos.

A Suíça é um país entre Montes do lado direito os montes Juras e do lado esquerdo os maciços alpinos e nomeio a Mitelland. A Mitelland é uma das mais bonitas paisagens do mundo. A Mitelland fica numa região entre lagos ao norte o lago Constança e ao sul o lago Leman. A bandeira helvética é toda vermelha com uma cruz branca ao centro.



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