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Vitamina D: tomar sol de meio-dia ajuda a evitar câncer, diz pesquisa

Horário é o ideal para se obter vitamina D, que previne doença


02/07/2017 - 13h00- Atualizado em 02/07/2017 - 13h00


Rômulo Muri
Do M1
 




Tomar sol ao meio-dia ajuda a evitar câncer (Foto: Reprodução)


Tomar sol ao meio-dia ajuda a evitar câncer. É isso mesmo que você leu. Uma pesquisa da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), desenvolvida no campus de Alegre, na Região do Caparaó, apontou que o sol no horário mais forte do dia é o ideal para a absorção de vitamina D pelo organismo, o que ajudaria a prevenir várias doenças, entre elas o câncer.

Você, que sempre ouviu que o melhor horário para tomar sol é entre 8h e 10h, deve estar se perguntando: mas não seria justamente o contrário disso? Ou seja, se expor ao sol na hora mais quente não contribuiria para o risco de câncer de pele?

Não necessariamente. “Estamos falando de pequenas quantidades de sol, diariamente. Não é para torrar no sol”, dispara Adriana Madeira Álvares da Silva, professora do departamento de Biologia da Ufes e doutora em genética do câncer pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Tempo
Adriana explica: “Ao se expor ao sol de meio-dia, precisaria de menos tempo, de 15 a 45 minutos, dependendo do tom da pele, para formar a pró-vitamina D. Claro que ela pode tomar sol às 9h, 10h, mas aí precisará ficar um tempo maior de exposição. Tem que tomar sol até aparecerem umas rodelas vermelhas na pele. Isso não vai causar câncer, pelo contrário, vai deixar a pele mais resistente, menos propensa ao câncer de pele”.

De acordo com a pesquisadora, o certo é deixar à mostra a maior parte do corpo possível, como as costas ou as pernas, mas protegendo rosto e colo. “Orientamos assim: a pessoa acabou de almoçar deve se sentar numa cadeira sob o sol, com as pernas ou as costas à mostra. São lugares muito pouco predispostos a câncer de pele”, pontua ela.

Agricultores
O sol, observa, é fator de risco para câncer em pessoas que se expõem de maneira sistemática, por longos períodos, como os agricultores, por exemplo. “São pessoas que pegam sol em áreas muito sensíveis, como pescoço, nariz. Acabam tendo queimaduras. Esse sol para eles pode ser nocivo”.

Nos últimos anos, observa a pesquisadora, as pessoas passaram a ver o sol como inimigo. “Mas ele é usado como tratamento desde a antiguidade. Nascemos para viver durante o dia no sol, e, à noite, no escuro”.

Adriana Madeira não descarta a relação do sol com o envelhecimento da pele. “O sol em excesso causa manchas, pintas, rugas”.

Vantagem
A grande vantagem de pegar sol é obter a dose necessária de vitamina D, algo que dificilmente se consegue somente por meio da alimentação, como se propaga. “Pelo que sabemos, mais de 80 genes são ativados pela presença de vitamina D no organismo. Ela fortalece o sistema imunológico, ajuda na fixação do cálcio, funciona como antidepressivo, tem papel anti-inflamatório, diminui risco para obesidade e, consequentemente, para todas as doenças ligadas à obesidade”, reforça.

O alerta serve para adultos e crianças. “As pessoas não têm tempo em suas rotinas para pegar sol diariamente. Devem se preocupar com isso, deixar as crianças brincarem mais ao ar livre também”, destaca Adriana.

Reposição tem que ser indicada
Vice-presidente da Sociedade de Dermatologia no Espírito Santo, a médica Maria Helena Sandoval concorda que a vitamina D é muito importante para o organismo e que o sol de meio-dia é o mais indicado para que o corpo possa sintetizá-la. Mas pondera que as pessoas devem buscar orientação médica antes de se expor ao sol.

“Há milhares de estudos comprovando quão danoso é o sol para a pele sem proteção. E há outros tantos estudos sobre a importância da vitamina D para prevenção de câncer. Mas é o médico quem deve checar se há carência de vitamina e qual a forma de reposição. Se vai ser pela exposição ao sol ou por medicamento, via oral. Não pode haver benefício por um lado e malefício por outro”, diz ela.




 





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