A agenda do crime

Criminosos agendam data dos chamados serviços para o crime organizado Redação do M1 - (28) 9992-0545
 
 

Do Cidade Conectada

Na constituição brasileira não há a pena de morte, mas para a lei dos criminosos ela existe e ainda gera dinheiro. O Cidade Conectada traz com exclusividade como funciona o esquema de homicídios realizados em algumas cidades por grupos ligado ao tráfico de drogas e vários roubos. Jovens ligados ao crime organizado de Cachoeiro agem em várias cidades do ES são os matadores de aluguel, em entrevista ao site Cidade Conectada “TJ” (nome fictício) de 21 anos revela como contratar ou agendar um homicídio.

 

 

 

 



Segundo “TJ” os homicídios são premeditados a vítima tem a vida investigada antes de morrer, o valor desses assassinatos pode variar de 2.000 a 45.000 reais dependendo da relação social: “Nós cobramos de acordo com a vida social, se o camarada for bem conceituado tipo um padre ou líder comunitário aí o preço é alto, mas se for uma pessoa pouco conceituada ‘sem moral’ pode sair barato” revela TJ. O grupo age como se fosse uma empresa com data marcada para os serviços: “Nossa empresa tem a pessoa que agenda o serviço e a pessoa que executa o serviço”, ele ainda conta que são feitos pedidos de espancamentos muitos esses por rixas ou brigas de rua.

A polícia de Cachoeiro informou que investiga todos os casos de homicídio ligados a grupos de extermínios, mas a dificuldade de combater esses criminosos é grande por falta de leis mais rígidas. TJ diz ainda que já tem passagem pela polícia e já ficou seis meses na prisão: “ Quando um caí sempre temos uma peça nova para repor o desfalque” conta ele. Uma surpreendente confissão mostra que o crime organizado age diante dos nossos olhos sem que possamos imaginar: “Já fiz vários serviços em Mimoso, somos contratados direto para fazer serviços em festas”, esses “serviços” seriam brigas ou a intimidação de pessoas relacionadas com o uso drogas. “Aí tem muito engraçadinho que compra pedra e não quer pagar em dinheiro prefere pagar com sangue”.

As festas são sempre os pontos mais visados o grupo ataca no final da noite quase sempre no final dos eventos: “Pegamos a vítima sempre de surpresa para que ninguém desconfie de nada, muitos casos são apenas rixas que ficaram de brigas mal resolvidas”. Nenhum homicídio foi feito segundo ele nas festas de Mimoso, mas já foram vários roubos a lojas e espancamentos. De forma covarde e quase sempre sem punições o grupo age também em outras cidades do Sul do ES.